quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Desagradavel(mente)


A mente humana
A mente ato
A mente fato
A mentir

O desagrado
O desafago
O desafeto
A proferir

Desagrada
Enlouquece
Entristece
Faz seguir

Mente
Desmente
Contente
A sorrir

A mente humana
Que tanto tenta
Inventa
E faz surgir

A mente
Não mente
Somente
O deixa descontente

Se faz assim
E por fim
Deixa para mim
O sim

É desagradável
É descontente
Essa gente que vive
Desagradavel(mente)

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

E a primeira vez aconteceu

Essa história de que espírita que é espírita não tem medo da morte é pura bobagem. Ou eu não sou espírita. Não falo sobre medo da minha morte, pois esta, ainda nem consigo cogitar (grande esperteza, pois para morrer, basta estar vivo). Falo mesmo da morte daqueles que estão ao nosso redor, para com os quais nutrimos grandes sentimentos... falo de pais, avós, amigos e tudo mais.

Na última semana, tive a experiência de uma perda próxima, que mexeu muito comigo. Não que eu nunca tivesse perdido alguém assim, mas é que eu nunca havia tido a oportunidade de vivenciar o momento propriamente dito. Já perdi parentes, amigos e tantos outros entes queridos. Chorei, senti, me informei, mas nunca havia ido, por exemplo, a um velório – imagine você. Sempre aparecia algum empecilho. Era corpo que atrasava 
demais e eu não podia esperar, era velório e enterro em cidades diferentes da que eu residia, era chefe que marcava reunião importantíssima justamente na hora ‘h’. Sorte a minha talvez... sempre fui muito sentimental e sempre achei que estas ocasiões não me fariam bem.

Pois nos últimos dias tive uma perda de grande significado e eis que estive em meu primeiro velório. Uma tristeza sem fim. Não há palavras que descrevam o sentimento, a sensação, a dor... não há! Estava lá muito mais para dar forças e assim o fiz. Tentei ser o mais firme possível para ajudar uma amiga, que tanto precisava de mim. Acho que, dentro das possibilidades, consegui. Mas doeu, e como doeu.

A ficha foi caindo, fui entendendo e percebendo como será ainda mais difícil quando acontecer diretamente comigo... Não quero nem imaginar. Sei que é preciso, que faz parte do ciclo natural da vida, mas não. Eu não entendo, eu não aceito e tenho certeza que, apesar de espírita e de acreditar em reencarnação, vai doer ainda mais quando o velório, o enterro ou o que for estiver diretamente ligado a mim – e a minha família.
A tristeza segue... o medo também... enquanto isso, sigo dando forças pra minha amiga e contemplando um belo poema que ela recebeu. Não sei se é mesmo de Santo Agostinho. Mas fica a mensagem:


Do outro lado do Caminho


A morte não é nada.
Eu somente passei
para o outro lado do Caminho.

Eu sou eu, vocês são vocês.O que eu era para vocês,
eu continuarei sendo.
Me dêem o nome
que vocês sempre me deram,
falem comigo
como vocês sempre fizeram.

Vocês continuam vivendo
no mundo das criaturas,
eu estou vivendo
no mundo do Criador.
Não utilizem um tom solene
ou triste, continuem a rir
daquilo que nos fazia rir juntos.

Rezem, sorriam, pensem em mim.
Rezem por mim.

Que meu nome seja pronunciado
como sempre foi,
sem ênfase de nenhum tipo.
Sem nenhum traço de sombra
ou tristeza.

A vida significa tudo
o que ela sempre significou,
o fio não foi cortado.
Por que eu estaria fora
de seus pensamentos,
agora que estou apenas fora
de suas vistas?

Eu não estou longe,
apenas estou
do outro lado do Caminho...

Você que aí ficou, siga em frente.
A vida continua linda e bela
como sempre foi.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Para lavar alma e coração

A chuva leva dias, leva sol, leva ruas, leva sujeira. A chuva lava dias, lava sol, lava ruas, lava sujeira. A chuva lava almas. A chuva lava corações. A chuva lava almas e corações.

Para quem anda meio tristonho, sem motivos aparentes para sorrir, a chuva leva o sol. A chuva lava ainda mais a vontade de viver. Passam dias, passam horas e a chuva permanece, enlouquece, chegando talvez a transformar o viver.

Para os que amam, amam a tudo e a todos. Amam a vida por si só, a chuva age como sinônimo de limpeza, de compaixão. Chuva que limpa ruas, limpa o ar. Chuva que lava almas e corações. Mas, como tudo em exagero, a chuva também faz estragos. Leva almas. Leva corações. E para os que amam, a chuva acaba por se transformar em motivo de dor e novamente, compaixão.

E a chuva permanece. Lavando almas e corações. Acordar em um dia chuvoso, olhar pela janela e não avistar ninguém. Abrir o guarda-chuva, caminhar pela cidade e enxergar em cada gota d’água um motivo a mais para viver.

A chuva traz a reflexão. O silêncio vem à tona, a lágrima cai como a gota que escorre – lentamente – pela janela daquele ônibus. E então a inspiração. Inspiração para sorrir, inspiração para seguir, inspiração para viver. Afinal, se até nas piores tempestades a natureza não deixa de manifestar suas belezas, por que nós, meros mortais, haveríamos de desistir em simples dias de garoa? A chuva vem. Vem, leva e lava. Lava almas e corações. E que ela lave o seu também.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Rugas, muitas rugas

Pablo: Ei você!

Roberto: ...

Pablo: Você mesmo! Já esqueceu de mim?

Roberto: De você não, mas de seu rosto.

Pablo: Meu rosto? Mas o que há de novo por aqui?

Roberto: Rugas, muitas rugas.

Pablo: E o que tem contra? Isso é sinônimo de experiência.

Roberto: Experiência não sei de quê. Você continua o mesmo meninote, com as mesmas manias e...

Pablo: E... o que?

Roberto: Nada!

Pablo: Fala!

Roberto: E as mesmas mulheres.

Pablo: Hã?

Roberto: Mulheres não, né? Meninas. Você não tem vergonha?

Pablo: Vergonha deveria ter você.

Roberto: De que?

Pablo: De ter me dispensado.

Roberto: Dispensei mesmo.

Pablo: E agora fala isso por puro despeito.

Roberto: Despeito de que? Por que?

Pablo: ...

Roberto: Me poupe, né?

Pablo: Poupar? Você nunca me poupou. Por que agora eu iria poupá-lo?

Roberto: Ai como você me cansa.

Pablo: Agora é assim. Mas não mude de assunto. Fale a verdade.

Roberto: Que verdade?

Pablo: Sobre as rugas.

Roberto: Que rugas?

Pablo: As minhas.

Roberto: O que tem? São suas, oras. O problema é seu. Veja como minha pele continua...

Pablo: Não venha jogar na minha cara mais uma vez que é mais jovem que eu.

Roberto: Até porque, você sempre soube disso.

Pablo: Eu e meus familiares...

Roberto: É, você e aquela sua familizinha que preferiu você no meio de tantas pré-adolescentes indefesas do que...

Pablo: Pare! Não complete a frase.

Roberto: Por que? Ainda não tem coragem de assumir?

Pablo: Não...

Roberto: Você é um covarde mesmo. Tanto glamor em vão.

Pablo: Em vão foi o que senti por você.

Roberto: E por acaso você sentiu algo?

Pablo: Claro que senti Roberto.

Roberto: Eu sempre duvidei.

Pablo: E eu sempre desconfiei que você não acreditava em meu amor.

Roberto: Que amor é esse que se deixa levar por qualquer fama?

Pablo: Você jurou entender...

Roberto: Jurei enquanto pensei que você fosse seguir fiel.

Pablo: Mas não deu.

Roberto: É, eu notei. Nunca mais me ligou. Nunca mais apareceu...

Pablo: Mas eu queria, eu juro!

Roberto: Não jure em vão!

Pablo: Não quer que eu faça como você?

Roberto: Não... só não quero que você repita esse gesto mais uma vez. Já engana tanta gente por aí. Outro dia, uma jornalista me procurou...

Pablo: Você não disse nada, disse?

Roberto: Não... mas minha vontade era dizer. Gritar ao quatro ventos que você não é o garanhão que todos acreditam ser.

Pablo: Se você fizesse isso...

Roberto: Se eu fizesse isso o quê? Usaria seu dinheiro? Daria sumiço em mim?

Pablo: Não é disso que estou falando.

Roberto: Do que diz então?

Pablo: Queria mesmo era dizer que se você fizesse isso, eu vou seria o cara mais feliz do mundo, pois só assim eu conseguiria abrir meu coração para todos.

Roberto: Teria coragem?

Pablo: Teria....

Roberto: Mas eu não.

Pablo: Por que?

Roberto: Olha para sua cara!

Pablo: O que tem?

Roberto: Rugas, muitas rugas...

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Mais do que todos os dias

Mais do que todos os dias, esta semana foi ainda mais doloroso viver sem vocês. Doeu. Doeu no sentido literal da palavra. Doeu do lado esquerdo do corpo. À frente e atrás. Doeu como eu nunca havia sentido. O primeiro ato: telefonar e instantes depois perceber que não seria possível ter o aconchego e a proteção de vocês. O namorado socorreu. Correu. Correu comigo para o hospital. Um dia inteirinho por lá. Seringas, remédios, sangue e sangue novamente. Exames. Internação. Transferência de hospital. Mais sangue, urina, raio x. Lágrimas e dores. Muitas dores. Diagnóstico. Bactérias. Congestionamento. E caiu a noite. Voltou o dia. E continuou a dor. Mais hospital, mais médico, mais remédio. Carinho de sogra, carinho de namorado. Preocupação de vocês. O telefone tocando a todo momento. E mais uma vez. O coração apertado, eu sei. E as dores por aqui. E a dor por aí. E mais uma vez. Remédios. E mais remédios. Mais lágrimas. Mais dor. Menos trabalho. Repouso. Mais repouso. Menos dor. Talvez. E a falta. Falta da presença, do cuidado. Do físico. Falta do cuidado de pai. Falta do cuidado de mãe. E a carência aparece. Permanece. E a falta aqui. Mais do que todos os dias. Mais do que todos os dias volto a me sentir criança, indefesa e percebo como é difícil viver sem vocês.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

O mundo lá fora


Aquele papo de que isso ou aquilo só acontece comigo já não procede 100% na vida atual. O ser humano tem por característica acreditar que seus problemas são os maiores, mas esquece-se de que “o mundo lá fora” talvez esteja passando por situação pior.

Quando falo de problemas, refiro-me à dívida que se acumulou, ao emprego que não saiu, ao namoro que chegou ao fim, ao ente querido que se perdeu, ao negócio que não vai bem, à amizade que não era tão verdadeira, à incompatibilidade de interesses e dedicação em uma sociedade e [encaixe aqui o seu problema].

Tudo isso faz parte da vida que escolhemos viver aqui. (In)felizmente até os piores problemas fazem parte do que nos propomos passar para evoluir. Nos vemos diante de perdas, diante de sonhos que aparentam ter chegado ao fim. É então que uma dor, um desespero, uma dúvida e até o medo tomam conta da gente. Não estamos, mas deveríamos estar, acostumados a perder. E quando isso acontece ou está prestes a acontecer, um líquido chamado lágrima toma conta de nossos olhos e torna-se inevitável disfarçar o sofrimento perante aos demais.

E toda essa turbulência não acontece somente dentro de você. Amigos, parentes, conhecidos, vizinhos e artistas também passam por conflitos que nem podemos (ou não queremos – por puro egoísmo) imaginar.
E quando conhecemos a “dor” do outro, talvez um sentimento de compaixão tome conta de nosso ser. Queremos a solução, pedimos por uma reconciliação e até chegamos a nos intrometer. Mas isto não é preciso! Já dizia minha avó: se conselho fosse bom, não era dado, e sim vendido! Mas o ser humano é assim: custa a perceber o mundo lá fora e quando percebe quer ser o senhor das soluções. Bonito na teoria, precipitado na prática.

PS: Qualquer semelhança com acontecimentos reais e atuais NÃO é mera coincidência.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

O que me resta é falar de amor

Os dias passam, as horas voam, o tempo muda, mas o sentimento permanece. Parece clichê falar de amor, mas amor nunca é demais quando, de fato, é verdadeiro, inigualável, insubstituível e incondicional. E este assim o é.

Quem convive comigo sabe o quanto me orgulho de minha família e o quanto sou feliz por ter sido escolhida para fazer parte dela. E ela é tão especial que está em minha vida duas vezes. [Aos desavisados informo que sou filha de primos de primeiro grau]. Faço parte de uma família em que todos os primos, tios, avós e agregados - de ambos os lados - se conhecem. Faço parte de uma família em que os problemas se misturam e as soluções ainda mais.

Ainda quando eu era pequena lá em Barbacena, já não sabia medir o tamanho do sentimento tomava conta de mim. De mim e de todos nós. Porque a recíproca é verdadeira. Somos unidos em uma gama de sentimentos só. Se a onda da vez é ser feliz, somos felizes juntos. Se tem problema, nos ajudamos e vencemos unidos. E se tem festa, estamos todos lá [com o copinho de cerveja na mão, diga-se de passagem].

E todo esse amor, essa cumplicidade e felicidade já existem há algum tempo. Mas que eu me lembre, a compartilho há cerca de 23 anos somente. Mas por esse plano aqui, já passou muito Bianchetti que eu gostaria de ter conhecido, viu? Já passou muita gente, inclusive, que eu gostaria de relembrar com mais facilidade... mas a vida é assim. Já disse o poeta que “Os bons morrem jovens”....

Uma de minhas primeiras lembranças se refere ao meu avô parterno. O Vô Gilberto. Quando ele nos deixou, eu tinha cerca de 5 anos. Por isso tenho poucas e lindas lembranças dele. Lembro do seu caminhão, dos doces que ele me dava quando me levava ao butiquim, da maneira como ele me pegava no colo, do seu sorriso vazio [é que faltavam alguns dentes ali] e me lembro também do dia da sua morte. Lembro muito do meu pai chorando e a minha tia Carminha inconsolada... queria muito poder tê-lo ainda aqui.

Falo disso porque no último Dia dos Pais, houve uma comemoração diferente. Reunimos todos na casa da vovó [do lado materno] para homenagear nossos pais e o nosso grande Vô Carlinho - que é irmão do Vô Gilberto. Pois, se perdi meu avô paterno cedo e guardo somente lembranças, o grande pai do lado materno se encontra firme e forte [nem tanto, vai]. E segue conosco no auge dos seus quase 90 anos. Dele tenho lembranças vivas, literalmente! Lembro-me de suas broncas, de suas preferências, de suas risadas, do seu gosto de futebol, da televisão no volume mais alto e dos ‘rabo de galo’ de todo domingo. [Rabo de galo é uma bebida doida: cerveja, vinho e Coca-Cola. Uma diliça!!!]. Lembro-me e as compartilho com mais 24 netos e quatro bisnetos.

É muita emoção e diversão para uma família só. Ainda bem que ela vale por duas!!!

E olha que isso é só a parte em que falo dos avôs, em virtude da data em que comemoramos o tão comercial Dia dos Pais, imagine quando eu começar a contar por aqui as Fantásticas Histórias da Família Bianchetti. E não é? Surge aí mais uma ideia de textos para o Fazendo Arte.



segunda-feira, 20 de julho de 2009

Soneto da falsa amizade


Amizade, sentimento tão bonito e essencial quando verdadeiro. Amizade, sentimento perigoso e prejudicial quando desleal. Amizade por interesse, por conveniência, acaso ou o que for, simplesmente não é amizade, não é amor. Porque amizade verdadeira, amizade que preze, não se deixa questionar. Amizade falsa, dolorida e oscilante sofre qualquer abalo e jamais recupera a estrutura – até porque, nunca a teve. Amizade leal e gostosa é aquela que todos sabemos, que todos sentimos. A falsa amizade também. Infelizmente. Quem nunca provocou, já foi provocado e vice-versa. Quem nunca sofreu por amizade, já fez sofrer algum ‘amigo’. Aposto! Pois a falsa amizade é assim: nasce como a verdadeira, é mantida como a leal, traz sorrisos como a saudável e termina com lágrimas, dor e sentimento de culpa. Culpa do eu, do sofrido, do crédulo e do inocente. Culpa de quem acreditou, sentiu, apostou, viveu e viu morrer um sentimento que nutria sozinho. E não adianta buscar motivos, pedir respostas e julgar ao próximo. Melhor deixar passar, relevar e acreditar que a vida – lá na frente – fará o melhor. De si e para si. Pois a vida e o tempo, esses sim revelam as falsas amizades e fazem manter os verdadeiros sentimentos. Sentimentos de amizade e amor que jamais terão fim.

domingo, 12 de julho de 2009

Crescer dói

As responsabilidades aumentam, o tempo escasso diminui, a saudade aperta muito mais o peito e os problemas aparentam ser bem maiores. Crescer é assim. Nos tornamos teoricamente independentes, passamos a pagar as contas com nosso próprio trabalho, fazemos nossos horários, cuidamos das coisas da casa e muito mais.

Levar o lixo para fora, não deixar as contas atrasarem, cuidar da própria alimentação, não deixar que os gastos excedam o salário no fim do mês e não tomar banhos demorados são alguns detalhes que antes pareciam simples e distantes e agora se mostram reais e evidentes.

Porém, mais do que comprovar o avanço do tempo e cravar rugas em nosso rosto, o crescimento traz consigo as dores da vida adulta. Dores das preocupações, dos receios, e quem sabe, do medo de não dar conta. Chega um momento em acompanhar gastos, organizar horários e cuidar da alimentação tornam-se apenas detalhes se comparados às preocupações, que nem sempre, apresentam-se de forma clara.

E quando falo de problemas, não quero dizer que não dei conta do recado e de minhas obrigações. Refiro-me as preocupações antes nem pensadas. Preocupações surreais. Se antes era cômodo ter como obrigações somente o estudo e a obediência aos pais, agora o que faz mais sentido ao coração é a falta não só carinhosa e sentimental da convivência diária, como o companheirismo, o cuidado e o zelo nos momentos de angústias.

A vontade de correr para o colo, pedir proteção, encostar a cabecinha no ombro e deixar o pranto rolar aumenta à medida em que se percebe não ser possível, nem ao menos, uma palavra de conforto ao telefone. Então você pensa: “É, cresci e preciso aprender a me virar...”. A gente tenta, resolve da forma mais correta, mantém a razão, mas segue com o medo de errar. “Errar é preciso”, eu sei, mas mais preciso é dizer que crescer dói, e como dói.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

O sonho não acabou

Ainda me recordo do primeiro dia de aula na faculdade. Fevereiro de 2005 e lá ia eu para um mundo diferente de tudo o que eu já havia vivido em termos educacionais – afinal, para quem estudou em regime militar, qualquer mudança no sistema gera conflitos. Mas ao mesmo tempo, seguia satisfeita e feliz. Lá estava rumo ao sonho de me tornar uma jornalista.

Ao longo do curso realizações, tropeços, conquistas e decepções. A descoberta, literalmente, de um mundo novo. No início algumas coisas repetidas como história, português, sociologia e filosofia (é que em Colégio Militar se aprende estas disciplinas também!). Depois a prática: fotografia, jornal impresso, rádio, TV, revista, site... um leque de opções conspirando a meu favor.

O primeiro estágio. As primeiras descobertas. Tudo isso contribuiu para que a formação se desse da mais perfeita ordem. Passagens por pesquisas, turismo, sindicato e turismo novamente. Experiência com material institucional, revista, jornal, informativo e assessoria de imprensa. A paixão se fez aguçar e fixou-se no turismo – mas não se limitou a isto somente.

12 de dezembro de 2008, a banca. Lá estava Mara Bianchetti defendendo sua monografia, falando sobre ética na cobertura do turismo. Sala lotada, pessoas queridas, um pouco de mau-agouro e dois professores a me avaliar. Lágrimas na leitura da conclusão e uma sabatina incrível de um dos integrantes da banca. Venci.

Em março de 2009 o sonho, enfim. Família reunida, beca impecável e a hora do canudo. Mais um momento ímpar, para fechar com chave de ouro a faculdade dos meus sonhos e o sonho do jornalismo. Agradecimentos a Deus e uma comemoraçãozinha bááásica com os amigos também não faltaram, enfim.

Depois disso vieram os empregos, os novos projetos, algumas pequenas (e outras nem tanto) decepções. O novo laço com o Turismo de Minas, a criação do Panorama Magazine Caiçara e o contato com Jhonny & Alisson. Isso foi surgindo, me completando e fazendo de mim uma jornalista feliz.

Eis que em 17 de junho de 2009, após 13 dias do meu aniversário, no exato dia em que comemoro 2 anos e 2 meses de namoro, a belíssima notícia de que ‘Diploma de jornalismo não é necessário mais para que se exerça a profissão’ neste país chamado Brasil. Surgiu então um misto de desconfiança, desmotivação e quantos mais ‘des’ você quiser imaginar. Mas não, o sonho não acabou. Afinal, se é assim que os Gilmares Mendes querem, eu respondo: mais do que jornalista por formação, sou jornalista por convicção. E tenho dito!

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Sentimento superfical


Ao ler uma um antigo e-mail, recordei-me de quando recebi aquela mensagem. Não tínhamos (e nem temos) tanto contato, você mal sabe quem eu sou, e muito menos tem obrigação de me agradar. No conteúdo daquela mensagem desabafos, elogios, críticas e sinceridade. Tudo acerca de um sentimento superficial.


Agora me pego aqui, refletindo e concluindo o quanto a vida é sábia e nos apresenta circunstâncias em que conhecemos verdadeiramente as pessoas. É quando menos esperamos que descobrimos quando se trata de um sentimento superficial e quando a admiração, o carinho, o companheirismo, o olhar e o ombro amigo são verdadeiros.


É quando mais precisamos que alguém vira as costas; é quando esperamos por aquele sorriso e por um abraço apertado que outro alguém diz não ter tempo de nos ajudar. É quando queremos sinceridade que o outro se aproveita da situação e monta em nosso sucesso. É quando achamos que quando lá vem mais uma decepção, aquela pessoa (justo ela) demonstra maior compaixão e paixão por nós. É sentimento. É sentimento superficial.


Lembro-me da circunstância em que me enviou o tal e-mail. Eu me senti o máximo, fiquei orgulhosa de mim. Por um momento, um sentimento superficial tomou conta do meu ser. Mas logo em seguida, você, mesmo sem saber, também me puxou a orelha e disse: “não se sinta lisonjeada”. O que eu senti naquele momento transformou-se então em uma gama de sentimentos que nem eu sei explicar. Mas garanto: superficiais não eram.


E de sentimentos são feitas nossas vidas, são feitas nossas existências. Sentimentos de pai para filho, de irmão para irmã, de filha para mãe, de namorado para namorada, de fã para ídolo, de amigo para amigo e muito mais. E nesse meio há o sentimento superficial. Sentimento de pai para filho, de irmão para irmã, de filha para mãe, de namorado para namorada, de fã para ídolo, de amigo para amigo e muito mais. Repito: superficial.


E se toda aquela turbulência passou, digo e reafirmo: é porque é tudo muito superficial. Se especialistas, estudiosos, médicos e afins preocupam-se com o relacionamento on line que se transforma, cada vez mais, em algo superficial, peço licença para dizer-lhes que não é o meio de propagação que torna o sentimento, a comunicação, o relacionamento e o carinho superficiais.

Um sentimento superficial se torna superficial porque em sua essência já se fazia superficial.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

De cara nova

É com muita honra que a equipe do “Fazendo Arte” apresenta sua nova marca. Com uma roupagem mais moderna (nem tanto, né? Afinal quem é que ainda usa giz?) e menos egocêntrica. Notem que a partir de agora, o blog não carregará em seu layout o complemento “.com Mara Bianchetti”. Mara Bianchetti (esta que vos escreve) continua sim a frente da produção textual do blog, mas consideramos desnecessário registrar este detalhe.

Continuemos Fazendo Arte, porque escrever é uma arte.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Happy hour

Sempre gostei de fazer aniversário. Talvez por ser um dia em que me torno o centro das atenções, ou por receber muitos presentes, ou até por saber que venci mais um ano de vida. Independente disso, a questão maior é que o dia 04 de junho mais uma vez se aproxima e cá estou para fazer uma reflexão acerca do ato de aniversariar.

Um poeta escreveu sobre fazer aniversário, salvo me engano. Entre os versos, a lembrança a nós de que comemoramos a nossa morte, afinal, o que seria cada ano de aniversário, senão a proximidade cada vez maior de nosso fim? Apesar de não concordar que não devemos comemorar, acho interessante o ângulo de visão dele. Afinal, segundo suas palavras, cada festa, cada bolo, cada ano é menos um ano de vida que nos resta.

Mas porque ao invés de pensarmos nos anos que passaram não pensamos nos anos que virão? Acredito que, justamente pelo aniversário representar menos um ano de vida em nossas vidas é que precisamos renovar nossas energias, nossas ânimos e nosso vigor. Só assim para  enfrentarmos quantos mais momentos ainda nos estarão reservados.

Certa vez, ouvi de um idoso muito querido que em seu aniversário ele não pedia “muitos anos de vida mais” a Deus. Ele pedia “apenas mais um ano”, pois quando chegasse a data no ano subsequente, renovaria seus votos e assim sucessivamente. Uma maneira inteligente, humilde e simples de ver a vida e aceitar o que Deus reserva para você.

Fácil falar, bonito pensar, emocionante de ser ver. Difícil mesmo é por em prática. A cada ano surgem as conquistas e os desafios. E assim, a felicidade vai se completando a cada primavera. Meus 23 aninhos se aproximam e é hora de comemorar – pergunte-me como (e onde).

E já que nosso aniversário pode estar atrelado a tantas questões diferentes, porque não atrelá-lo a outras mais? Podemos, por exemplo, aproveitar a data e fazer a nossa parte e até pedir aos amigos que contribuam também. Não entendeu? Então lá vai: caso queira me presentear, fique à vontade: Compareça ao Hemominas (Alameda Ezequiel Dias,321 - Bairro: Santa Efigênia) e faça sua doação de sangue. Aliás, sabia que no inverno os indíces de doações caem consideravelmente? "Doe sangue. Doe vida". 


terça-feira, 19 de maio de 2009

Universo da moda: tão longe e tão perto



Mara Bianchetti

A cada estação inúmeros estilos, cores, texturas e tecidos adentram as passarelas de todo o país. E seguindo uma tendência internacional, por mais que as peças apresentadas nos desfiles pareçam distantes de você, cada vez mais a moda aponta a capacidade de seguir os significados e momentos do seu dia-a-dia. Mudar o aspecto do que é comum é quase lei e é este o ponto de partida para as tendências que aos poucos vão tomando conta das vitrines. Tudo isto, ainda permitindo que cada pessoa adapte as tendências de acordo com seu jeito de ser. Assim é o universo da moda.

A moda gira conforme as estações do ano. Por isso, muito se escuta sobre tendências e influências, porém, na indústria da moda, acontece como se as estações possuíssem períodos inversos. Enquanto o frio começa a se aproximar no Brasil, por exemplo, para os profissionais da área, é o calor que está em alta – tudo para que se planejem as tendências e as coleções que farão o corpo e a cabeça das pessoas na estação seguinte.

Muito se ouve também sobre as semanas de moda que acontecem por todo o país – e por todo o mundo. Inclusive, muitas já fazem parte do calendário cultural de algumas cidades. Segundo Tom, proprietário da loja Tom Surf Wear, feiras e semanas de moda são imprescindíveis para o lojista manter seu negócio na moda. “É muito importante participar destes eventos; isso agrega bastante ao lojista que antecipa as tendências da próxima estação para a sua loja. Recentemente, estive no Fashion Rio e trouxe vários produtos para o inverno”, completa.

Além disso, os pólos de moda brasileiros são os grandes responsáveis por reunir uma cadeia de produtores para que consigam entrar no mercado competitivo.

Ahhh, não mora no bairro Caiçara? Clique nos links, vá direto ao site e leia toda a edição!

OBS: A primeira matéria sobre qualquer assunto a gente nunca esquece. "Universo da moda:tão longe e tão perto", literalmente!

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Não adianta querer

Nem sempre o seu querer se faz querer. O querer que te faz querer tantos quereres mais não são suficientes para fazer o mundo querer. O mundo talvez não queira, as pessoas ao seu redor talvez não queiram, o seu bem pode não querer. Querer é algo muito pessoal, intransferível. Intransferível? Não, quem torce por mim passa a querer por mim quando percebe o que quero. Mas querer é pessoal. Muitos torcem, outros ajudam, poucos percebem, quase ninguém é sincero. Isso é o querer. Você quer. Ele nem sempre quer. Mas quem mais pode querer? E se quiserem o contrário? E se a vida não quiser? Aí nosso querer muda. O seu querer muda. E o meu querer há de mudar... Mesmo que lá no fundo, bem no fundo haja uma vontade enorme de dizer: “mas eu queria...”. É meu caro, não adianta querer. Não adianta querer se não for para o seu bem. Não adianta querer se assim não for para ser. Não adianta querer se Ele não quiser. Não adianta querer se a vida não quiser. Simplesmente, não adianta. Então, cabeça erguida, aprendizagem, confiança e uma vontade enorme de querer algo novo. Não adianta querer por querer. É preciso mais do que isto. E mesmo que você não queira, este é o momento de querer recomeçar. Avante!

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Minas aos olhos das estrelas baianas


Mara Bianchetti

Realizado nos dias 3 e 4, o Axé Brasil 2009 – maior festival de axé fora da Bahia –, reuniu mais de 100 mil foliões no Mineirão durante o evento e trouxe para Belo Horizonte os principais nomes do hit do carnaval. Entre os as bandas, estavam Chiclete com Banana, Cláudia Leitte, Jammil e Uma Noites, Asa de Águia e Ivete Sangalo.

Em sua décima primeira edição, o Axé além de animar a cidade, é responsável por gerar um aumento na demanda turística da capital, uma vez que atrai milhares de pessoas, movimentando diversos setores da economia local. Para o presidente da Belotur, Júlio Pires, eventos como o Axé são muito importantes para o crescimento do turismo em Belo Horizonte. "Além de divulgar a cidade, ele atrai milhares de turistas de todos os lugares, que vêm somente para a festa. Gera empregos, renda e fomenta a economia do município", afirma Pires.

E por falar em turismo, quais serão os destinos mineiros prediletos ou o que mais encanta as estrelas baianas que passaram pelo palco do Axé Brasil 2009? O Turismo de Minas conversou com algumas delas. Acompanhe:

Ivete Sangalo
“Quando eu era da Banda Eva viajava muito de ônibus e ficava encantada com o que via pelas estradas de Minas Gerais. Já passei por lugares incríveis, emblemáticos, vi cachoeiras lindas. Por todo o Estado, cada lugar que eu passava, tinha uma sensação de romantismo e coisas bucólicas no ar”.

Larissa Luz – Araketu
“Minas toda é uma delícia. Eu sempre tive muita vontade de conhecer o Estado, por tanta gente boa, tanto artista bom, tanta cultura gostosa. Tem um compositor e cantor daqui que eu amo, que é o Vander Lee; tem Carlos Drumond de Andrade, mineiro de Itabira, que eu amo também”.

Tomate
“Adorei o Mercado Central. O mais interessante é que passam por lá pessoas de todas as classes e de todas as idades. Ali tem de tudo, a diversidade das pessoas, o famoso fígado acebolado e, inclusive a Bahia”, brinca o cantor que conheceu o ponto turístico de Belo Horizonte, através de uma promoção realizada pela equipe da DM Promoções, em que o público escolheu o local que ele iria conhecer.

Alinne Rosa – Cheiro de Amor
“Eu conheço muito de BH, tenho vários amigos na cidade e já comemorei três aniversários meus aqui. Mas tem um lugar que eu ainda quero conhecer: a Rua do Amendoim. Meu sonho é ir neste lugar. Por favor me levem!”, brinca.

Saulo Fernandes – Banda Eva
“A coisa mais linda que eu vi em Minas Gerais foi Ouro Preto. Fui uma vez e gostaria muito de ir novamente. E também acho que assim como na Bahia, a maior riqueza que se tem em Minas é o povo, com seu calor humano, sua mineiridade”.

Manno Góes – Jammil e Uma Noites
“Minas é um destino turístico fantástico! Você tem alternativas incríveis: Estrada Real, Diamantina, Tiradentes, Ouro Preto, tantas cidades lindas... A própria cidade de Belo Horizonte tem lugares fantásticos que a gente gosta muito de ir”.

Tatau
“Tenho uma relação muito especial com Minas, porque eu já venho pra cá há muitos anos e o mineiro é que faz a grande diferença. O jeito de falar do mineiro cativa...”.

Cláudia Leitte
“Tive poucas oportunidades de visitar pontos turísticos em Belo Horizonte, mas uma vez vim para assistir a um jogo da seleção no Mineirão, em 2005, e depois sai para conhecer alguns lugares da cidade”.

Durval Lelis – Asa de Águia
“Rapaz, eu conheço vários lugares em Minas Gerais, agora, especial assim não, porque eu não tenho nem tempo de parar para conhecer a fundo. Mas Minas Gerais é lindo demais, principalmente com suas gatinhas maravilhosas”, brinca.

Alexandre Peixe
“Tive a oportunidade de conhecer um local super pequeno, com um hotel antigo... Araxá. Eu era bem pequenininho e guardei a imagem de uma coisa antiga, bacana. Estive lá com meus pais e deste destino eu me lembro bem, ficou na memória e gostaria de fazer um show na cidade”.

E você, vai perder a oportunidade de conhecer essas maravilhas de Minas Gerais?


OBS: Última matéria produzida por mim ao jornal Turismo de Minas. Esta foi publicada na edição de abril de 2009. A proposta é esta. Mantermos um parelo... intercalaremos matérias antigas e atuais, ok?

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Eu pra ti

Eu que jamais esperei um dia me abrir para você, aqui estou procurando minha antiga agenda telefônica para ouvir a tua voz. Eu que jamais esperei um dia me declarar, aqui estou a escrever este poema em tua homenagem – falando de amores, encontros, sonhos e desilusões... Eu que jamais esperei me sentir, por baixo, fraca por não controlar meus sentimentos, deixei-me consumir e resolvi te procurar – e arriscar. Eu que jamais esperei não ouvir a voz da sabedoria, que por tantas vezes segui os conselhos da minha, da nossa mãe, agora esqueço tudo o que ela me disse e sigo com a imensa vontade beijar teus lábios. Eu que jamais esperei parar por um momento e viver só pra ti, estou aqui de casamento marcado, malas prontas e uma vontade súbita de largar tudo e correr ao teu encontro. No céu, na terra ou no mar. Eu pra ti.

terça-feira, 14 de abril de 2009

"Sou do Mundo, sou Minas Gerais"



(*) Mara Bianchetti

Os versos da antológica “Para Lennon e McCartney”, obra-prima e espécie de hino do Clube da Esquina, cai sob medida para o Pato Fu. Com sua música instigante, divertida e inteligente, aliada à voz suave da vocalista Fernanda Takai, a banda mineira, criada em 1992, teve como seu primeiro sucesso a canção “Sobre o Tempo”, uma das mais tocadas em rádios e programas de televisão, que abriu a porta para shows por todo o Brasil.

Fernanda Takai, John Ulhoa, Ricardo Koctus, Xande Tamietti e Lulu Camargo só se conheceram depois de cerca de dez anos de suas primeiras experiências. O Pato Fu não foi a primeira banda de nenhum deles. “O gostar da música é algo que acontece desde criancinha. Se vai virar algo mais sério depois, depende de empenho, sorte e talento, claro!”, analisa Fernanda. No início, a atividade musical era apenas um hobby, pois cada integrante possuía outra ocupação e a maioria dos eventos de que a banda participava tinha relação com universidades, onde se encontrava seu maior público em Minas Gerais. Em 96, já com três discos lançados, tudo mudou. “Começamos a ter que dedicar mais tempo ao grupo e tivemos que optar se daríamos prioridade ao Pato Fu. Felizmente foi uma boa escolha”, completa Takai.

O sucesso abriu estradas não só do Brasil, mas de outros países para o grupo. Mesmo assim, eles afirmam que continuam tendo Minas como sua casa — somente o tecladista Lulu Camargo não mora em Belo Horizonte, pois é de São Paulo. Xande se divide entre BH, a capital paulista e uma cidade do interior do Tocantins. Os demais residem na capital mineira. Por onde passa, o grupo deixa claro que já não é necessário ter que se mudar para o eixo Rio-SP para fazer carreira. “Moramos num pólo cultural grande que ainda preserva uma boa qualidade de vida”, se orgulham os músicos.

Mas, felizmente, a vida não é só trabalho. Nos momentos de folga, o grupo prefere ficar em casa e descansar, devido ao cansaço das viagens. Segundo Fernanda, eles optam por alugar filmes, escolher bons livros e ficar mais tempo com a família. “Vez por outra é bom ir ao teatro e assistir a shows de artistas dos quais gostamos, de preferência num local confortável e com horários pontuais”, completa.

O Pato Fu está em turnê com oitavo CD “Toda Cura Para Todo Mal” há quase um ano e devem viajar com esse show até o início de 2007, quando então será lançado o novo disco. Este mês chega às lojas o terceiro DVD da banda, com todos os clipes do CD mais recente, making off, cenas de turnê e farto material bônus para os fãs.

Cidades históricas
Destino indispensável dos turistas que visitam nossas Minas Gerais, as cidades históricas remetem àqueles que as visitam uma época mágica, o Ciclo do Ouro. Andando pelas ruas estreitas, passando por casarões, igrejas e museus, certamente, o turista terá a impressão de ter voltado no tempo. Esta também é a escolha dos integrantes da banda quando recebem a visita de algum amigo ou parente. “Sempre levo minhas visitas para passar uns dias em Ouro Preto ou Mariana. O Ricardo, nosso baixista, gosta muito de Tiradentes. E recentemente, estivemos em Araxá, que é um lugar bem bacana — o Grande Hotel é uma atração por si só”, elogia Fernanda.
A banda ressalta a qualidade que o Estado possui em sua estrutura hoteleira e gastronômica, mas lembra a importância de o profissional de turismo ter fluência em dois idiomas, da indispensável informatização dos estabelecimentos e da necessidade de reforçar a relação humana entre anfitrião e turista. “A gente tem que saber acomodar muito bem todas essas pessoas que optaram por vir ao Estado”.

(*) Central de Produção Jornalística do Centro Universitário Newton Paiva

OBS: Primeira matéria que produzi para o jornal Turismo de Minas. Esta foi publicada em setembro de 2006, quando eu cursava apenas o 4º período de faculdade.
E aí, comecei com o pé direito?

terça-feira, 31 de março de 2009

Arte profissional


Desde a criação do Fazendo Arte, há três anos, ainda no domínio zip.net, poucas foram as vezes que parei para falar do lado profissional. Em menor número ainda foram as publicações de textos inteiramente profissionais.

Hoje venho para informar que o Fazendo Arte, no domínio blogspot.com, no ar desde dezembro de 2008, ganha agora uma nova galeria. Arte profissional chega para dar espaço ao que o próprio nome já diz. Se antes você, leitor do blog, podia ler textos que falassem de minha vida pessoal, de assuntos fictícios ou temas que, simplesmente, não tem explicação, agora você também compartilhará da produção textual desta que vos escreve.

Então fechou. E para que não haja dúvidas, esclarecemos a seguir os textos que, possivelmente, se enquadram dentro de cada categoria do Fazendo Arte.

Arte Minha

Aos desavisados avisamos que a dona deste blog não é nenhum ser famoso. Mais do que isso, não considera que o mundo gira em torno de seu umbigo e por isso, não usa do espaço para divulgar os acontecimentos de sua vida. Contudo, venhamos e convenhamos que há determinadas ocasiões que pedem destaque e um espaço (por menor que seja) no mundo virtual. Assim, nesta categoria, encontramos textos alusivos aos acontecimentos mais pertinentes no que tange à vida de Mara Bianchetti. Direta. Ou. Indiretamente. Mente.

Além Arte

O conceito de algo que vá além da arte é muito subjetivo – até porque, até mesmo esta torna-se subjetiva em alguns momentos. Além arte reúne aqueles textos que estão além da arte que o blog representa. Textos fictícios, meramente ilustrativos e porquê não, algo real mas com os nomes de seus personagens substituídos. Além arte tem um pouco de mim e muito de você. Muito.

Louca Arte

Quando criamos esta categoria ficamos no impasse por seu nome: louca arte ou arte louca? Pois bem, como sabem, optamos pela primeira opção. Louca Arte é formada por textos loucos. Mas o que seriam textos loucos? Seriam aqueles sem muita explicação, sem muito sentido, nutridos de um eu lírico especial. Como a própria categoria, eu diria... Aqui a licença poética permite a elaboração de textos que ninguém entende. Entendeu?

Arte profissional

Esta categoria acaba de ser inaugurada no Fazendo Arte, afinal, o que seria de um jornalista sem suas obras, quando o assunto em pauta é arte? Arte profissional chega para apresentar textos assinados por Mara Bianchetti, afinal, escrever é uma arte... Os assuntos poderão ser os mais variados: turismo, cultura, gastronomia, política ou quem sabe até economia. E que fique claro: não estranhem se encontrarem em maior quantidade, assuntos sobre turismo em Minas Gerais. Se vou usar do espaço para a publicação de alguns trabalhos que tenho feito em jornais, revistas, assessorias ou sites, estes acabam por traduzir a realidade do trabalho que faço nestes veículos. Ok? Então ao trabalho!