
A chuva leva dias, leva sol, leva ruas, leva sujeira. A chuva lava dias, lava sol, lava ruas, lava sujeira. A chuva lava almas. A chuva lava corações. A chuva lava almas e corações.
Para quem anda meio tristonho, sem motivos aparentes para sorrir, a chuva leva o sol. A chuva lava ainda mais a vontade de viver. Passam dias, passam horas e a chuva permanece, enlouquece, chegando talvez a transformar o viver.
Para os que amam, amam a tudo e a todos. Amam a vida por si só, a chuva age como sinônimo de limpeza, de compaixão. Chuva que limpa ruas, limpa o ar. Chuva que lava almas e corações. Mas, como tudo em exagero, a chuva também faz estragos. Leva almas. Leva corações. E para os que amam, a chuva acaba por se transformar em motivo de dor e novamente, compaixão.
E a chuva permanece. Lavando almas e corações. Acordar em um dia chuvoso, olhar pela janela e não avistar ninguém. Abrir o guarda-chuva, caminhar pela cidade e enxergar em cada gota d’água um motivo a mais para viver.
A chuva traz a reflexão. O silêncio vem à tona, a lágrima cai como a gota que escorre – lentamente – pela janela daquele ônibus. E então a inspiração. Inspiração para sorrir, inspiração para seguir, inspiração para viver. Afinal, se até nas piores tempestades a natureza não deixa de manifestar suas belezas, por que nós, meros mortais, haveríamos de desistir em simples dias de garoa? A chuva vem. Vem, leva e lava. Lava almas e corações. E que ela lave o seu também.
2 comentários:
Mareteeeee...
Graças à Deus existem pessoas que escrevem assim! rs
Adorei! Por isso q meu 'favoritos' vai ganhar um novo link!
Um beijo enorme e MUITO sucesso...
Só você para descrever tão bem a chuva.
Você e a natureza, obras perfeitas de Deus. Te amo cada vez mais.
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