quinta-feira, 16 de abril de 2009

Eu pra ti

Eu que jamais esperei um dia me abrir para você, aqui estou procurando minha antiga agenda telefônica para ouvir a tua voz. Eu que jamais esperei um dia me declarar, aqui estou a escrever este poema em tua homenagem – falando de amores, encontros, sonhos e desilusões... Eu que jamais esperei me sentir, por baixo, fraca por não controlar meus sentimentos, deixei-me consumir e resolvi te procurar – e arriscar. Eu que jamais esperei não ouvir a voz da sabedoria, que por tantas vezes segui os conselhos da minha, da nossa mãe, agora esqueço tudo o que ela me disse e sigo com a imensa vontade beijar teus lábios. Eu que jamais esperei parar por um momento e viver só pra ti, estou aqui de casamento marcado, malas prontas e uma vontade súbita de largar tudo e correr ao teu encontro. No céu, na terra ou no mar. Eu pra ti.

terça-feira, 14 de abril de 2009

"Sou do Mundo, sou Minas Gerais"



(*) Mara Bianchetti

Os versos da antológica “Para Lennon e McCartney”, obra-prima e espécie de hino do Clube da Esquina, cai sob medida para o Pato Fu. Com sua música instigante, divertida e inteligente, aliada à voz suave da vocalista Fernanda Takai, a banda mineira, criada em 1992, teve como seu primeiro sucesso a canção “Sobre o Tempo”, uma das mais tocadas em rádios e programas de televisão, que abriu a porta para shows por todo o Brasil.

Fernanda Takai, John Ulhoa, Ricardo Koctus, Xande Tamietti e Lulu Camargo só se conheceram depois de cerca de dez anos de suas primeiras experiências. O Pato Fu não foi a primeira banda de nenhum deles. “O gostar da música é algo que acontece desde criancinha. Se vai virar algo mais sério depois, depende de empenho, sorte e talento, claro!”, analisa Fernanda. No início, a atividade musical era apenas um hobby, pois cada integrante possuía outra ocupação e a maioria dos eventos de que a banda participava tinha relação com universidades, onde se encontrava seu maior público em Minas Gerais. Em 96, já com três discos lançados, tudo mudou. “Começamos a ter que dedicar mais tempo ao grupo e tivemos que optar se daríamos prioridade ao Pato Fu. Felizmente foi uma boa escolha”, completa Takai.

O sucesso abriu estradas não só do Brasil, mas de outros países para o grupo. Mesmo assim, eles afirmam que continuam tendo Minas como sua casa — somente o tecladista Lulu Camargo não mora em Belo Horizonte, pois é de São Paulo. Xande se divide entre BH, a capital paulista e uma cidade do interior do Tocantins. Os demais residem na capital mineira. Por onde passa, o grupo deixa claro que já não é necessário ter que se mudar para o eixo Rio-SP para fazer carreira. “Moramos num pólo cultural grande que ainda preserva uma boa qualidade de vida”, se orgulham os músicos.

Mas, felizmente, a vida não é só trabalho. Nos momentos de folga, o grupo prefere ficar em casa e descansar, devido ao cansaço das viagens. Segundo Fernanda, eles optam por alugar filmes, escolher bons livros e ficar mais tempo com a família. “Vez por outra é bom ir ao teatro e assistir a shows de artistas dos quais gostamos, de preferência num local confortável e com horários pontuais”, completa.

O Pato Fu está em turnê com oitavo CD “Toda Cura Para Todo Mal” há quase um ano e devem viajar com esse show até o início de 2007, quando então será lançado o novo disco. Este mês chega às lojas o terceiro DVD da banda, com todos os clipes do CD mais recente, making off, cenas de turnê e farto material bônus para os fãs.

Cidades históricas
Destino indispensável dos turistas que visitam nossas Minas Gerais, as cidades históricas remetem àqueles que as visitam uma época mágica, o Ciclo do Ouro. Andando pelas ruas estreitas, passando por casarões, igrejas e museus, certamente, o turista terá a impressão de ter voltado no tempo. Esta também é a escolha dos integrantes da banda quando recebem a visita de algum amigo ou parente. “Sempre levo minhas visitas para passar uns dias em Ouro Preto ou Mariana. O Ricardo, nosso baixista, gosta muito de Tiradentes. E recentemente, estivemos em Araxá, que é um lugar bem bacana — o Grande Hotel é uma atração por si só”, elogia Fernanda.
A banda ressalta a qualidade que o Estado possui em sua estrutura hoteleira e gastronômica, mas lembra a importância de o profissional de turismo ter fluência em dois idiomas, da indispensável informatização dos estabelecimentos e da necessidade de reforçar a relação humana entre anfitrião e turista. “A gente tem que saber acomodar muito bem todas essas pessoas que optaram por vir ao Estado”.

(*) Central de Produção Jornalística do Centro Universitário Newton Paiva

OBS: Primeira matéria que produzi para o jornal Turismo de Minas. Esta foi publicada em setembro de 2006, quando eu cursava apenas o 4º período de faculdade.
E aí, comecei com o pé direito?