sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Ponto final

A vida é dividida em ciclos, eu sei. A própria vida é um ciclo da eternidade. Mas o que fazer quando somos pegos de surpresa pelas inconstâncias do existir? Sei que muitos vão dizer que faz parte do crescimento, da evolução, que Deus escreve certo por linhas tortas e tal. Mas não é bem assim que acontece na prática. Vamos ser realistas! Por menor que seja a surpresa, em determinadas ocasiões não estamos preparados para aquele acontecimento. Postergamos o sofrimento, adiamos decisões e vamos levando a vida. Ou deixando ela nos levar, não sei. Só sei que chega uma hora que o inevitável acontece. Porque tinha que acontecer. Mais dia ou menos dia. Simples assim. Você quer ter forças para reagir, para dizer poucas e boas, para dar lição de moral. Mas aí a tristeza, a angústia, a revolta e outros tantos sentimentos tomam conta de você e selam a garganta. Não sai voz, não sai grito, não sai choro, não sai nada. Sai você. Por mera decisão do destino. Por mera decisão da vida. Chega um dia que é preciso estabelecer um ponto final. Ou deixar que ele seja estabelecido.

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